a wooden cutting board topped with food on top of a table

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História:

A cidade de Braga é conhecida pela sua gastronomia de requinte e muita diversidade que vai desde a carne ao peixe, como aos doces muito afamados. Podemos dizer que o Bacalhau é o imperador nas cozinhas bracarenses. É por isso muito natural e comum que todos os restaurantes, ou a sua grande maioria, possuam na sua ementa pratos de bacalhau, com especial destaque para a receita que se perpétua como "Bacalhau à Braga", bacalhau este inspirado na receita do Bacalhau à Narcisa.

Na recolha histórica, foi possível apurar que o "conhecido" Bacalhau à Narcisa, terá surgido numa tasca da cidade cujo nome era precisamente "Narcisa". Consta-se que este espaço chegou a ser visitado por milhares de pessoas vindas de todos os cantos do país entre as quais, a fadista Amália Rodrigues e a actriz Beatriz Costa, para provarem esta iguaria especificamente pela elevada reputação da casa.

Como afirma o Gastrónomo Mor Dr. Reis Torgal, "não fora a fama ganha nesta tasca da Narcisa, tomada em negócio à dona do nome por uma D. Eusebia (falecida em 1972) e talvez Braga não visse celebrar o velho Bacalhau à Bracarense virado à Narcisa nesta casa por força da primitiva designação do local e engenho e culinário de D. Eusebia".

Como era preparado esse tão famoso Bacalhau? Qual a sua verdadeira história?

Félix Ferreira e Manuel Ferreira, Bisnetos de Félix Valença, contam que em meados de 1930 seu bisavô, Félix Ferreira Valença casado em segundas núpcias com Eusébia de Brito "tomaram" o negócio de uma tasca situada no largo de Monte de Arcos onde se servia

"Bolinhos de Bacalhau" para acompanhar uma tigela de bom vinho, que pertencia a uma certa e desconhecida Narcisa que, devido à sua avançada idade, não poderia continuar com o negócio. D. Eusébia fica assim à frente desta casa, na qual lhe acrescentou uma pequena mercearia, dedicando-se mais tarde aos petiscos a pedido de alguns clientes habituais, nomeadamente António Peixoto fundador da fábrica Pachancho. A fama cresceu, e rapidamente a D. Eusébia viu-se obrigada a alargar o seu espaço acabando com a pequena mercearia e dedicando-se mais aos dotes culinários, passando de uns simples petiscos a pratos mais elaborados como o bacalhau e o cabrito assado no forno, tornando a tasca "Narcisa" numa das tascas mais conhecidas da cidade de Braga e procurada por muitos para provarem o tão célebre Bacalhau à Narcisa.

Dada a celebridade do bacalhau, D. Eusébia (falecida em 1972) e seu marido, deram o nome a esta casa de "Bacalhau à Narcisa" fazendo questão de manter o nome Narcisa por ser assim conhecida inicialmente. Foi nesta casa que os "saberes fazeres" foram transmitidos também a Eusébia, esposa de Félix Ferreira (neto Félix Valença), mais conhecida por Zébinha, que acabou por dar continuidade à tasca "Bacalhau à Narcisa" com o apoio do seu marido Félix Ferreira e seus filhos Félix e Manuel que se mantiveram até ao seu fecho em Setembro de 2008.

Desta casa restam memórias de sabores de quem teve o privilégio de degustar o tão famoso "Bacalhau à Narcisa", confeccionado com postas generosas, e onde o azeite, as batatas e as cebolas eram incomparavelmente mais saborosas.

Comi o bacalhau à Narcisa e estava ótimo. Bem servido, saboroso e com um bom atendimento. O ambiente é tranquilo e acolhedor. Recomendo a quem gosta de comida tradicional portuguesa.

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Carlos Martins

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